Acheronta  - Revista de Psicoanálisis y Cultura
Um jogo possível - Cartografía de amor
Jorge A. Pimenta Filho

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Introdução

O objetivo do presente trabalho foi centrar-se num tema que, embora não tão recente, tem, entretanto, sua importância. Duas questões balizam nossa investigação. A primeira: nos momentos atuais, qual o uso possível que os adolescentes podem fazer de seus sintomas? Especialmente aqueles sintomas - como as bulimias, anorexias, violências de grupo, uso de "piercings", grupos de grafiteiros, de "hip-hop", de "funkeiros", "punks", que não são exatamente substituições metafóricas. A segunda questão: como situar a problemática da parceria sintomática na clínica com o adolescente e fazer dela um motor, uma alavanca para o tratamento possível do excesso de satisfação, de um mais além do princípio do prazer?

Se é certo que se pode dizer que a infância, aurora de nossas vidas, nunca existiu, que há um certo saudosismo quanto a essa crença, uma sensação de perda de algo que não se está certo de que se havia antes possuído, essas questões não passaram despercebidas por Freud que, em suas primeiras investigações, dizia da não existência de uma inocência infantil. Vê-se, por outro lado, nos tempos atuais, que a chamada e declamada infância ou não existe mais ou existe cada vez menos.

Qual é a incidência disso sobre nossa clínica? Se a infância não existe, pode-se por certo falar de um infantil, que é testemunhado dia a dia na fala, nas queixas, revelado nos sofrimentos psíquicos de todos, e que se vê pulular nos consultórios.

Como pensar esse infantil diante da contemporaneidade? De que sofrem as crianças? O que é esse infantil que surge nas fala dos pacientes, dos adolescentes e mesmo dos adultos?

As concepções teóricas da Psicanálise também remetem, ou mesmo se articulam com as chamadas ficções, tal como as fábulas da criança sobre a sexualidade ou as fantasias que podem dar conta de uma fantasia fundamental. Há que se lembrar que, diante do obstáculo de um saber que pode enganar, Lacan propõe como saída uma verdade que tem estrutura de ficção. 1 Também se diz que as ficções são uma forma de se tratar o real. 2

Assim, é necessário lembrarmo-nos de que, em determinados serviços de atenção ao adolescente, há uma insistência em se abordar a questão da prevenção e da educação. São Serviços Públicos de Saúde dirigidos pelo discurso médico, onde o enfoque responde muito mais à questão de um Universal, muitas vezes contraposto a uma abordagem do Singular, do um-a-um. Até que ponto esse olhar e fazer médico, centrados em normas universalizantes, consegue dar conta das questões colocadas por esses sujeitos adolescentes? Não constituiria essa forma de abordagem, uma tentativa de se recriar um Pai, salvaguardar sua posição? Essas abordagens educativas e preventivas, como ficção teórica possível, parecem não se atentar "que não são apenas os adolescentes que se mostram destituídos de referência – ditas referências identificatórias – é o próprio mundo em que navegam que se apresenta sem rumo". 3

Essas referências identificatórias, hoje tão precárias, indicam que, ao invés de funcionar uma norma edipiana, as relações sociais hoje parecem se fundar muito mais numa lógica que é a da perversão. 4 Afinal, hoje, observa-se um imperativo de satisfação 5 , funciona a ordem do mercado, na qual estão disponibilizados a todos, de forma indiscriminada, objetos e formas de gozo. Prevalece um imperativo que é o da generalização do consumo: Compre! Tenha! Possua! 6

Então, como articular esse Universal precário com o Singular de cada sujeito?

Ao trabalhar a questão do atendimento do adolescente contrapondo uma clínica centrada numa abordagem singularizada no um-a-um àquela da prevenção e educação, advogo que o relançamento dessa questão dá conta daquilo que Freud chamou dos impossíveis: educar, governar e analisar. 7 São tarefas impossíveis que constituem muito mais um desafio ético de reinventar formas e dispositivos que proporcionem situar as questões de determinados sujeitos em suas especificidades. Então, o desafio está em não se pensar um só determinado ‘modelo ’ de setting, restrito ao atendimento individual em consultório, mas em ‘inventar’ , à luz da experiência clínica propostas que aliem, numa perspectiva interdisciplinar, saberes que possam trabalhar essa especificidade. Um exemplo disso é a chamada clínica feita por muitos, experiência realizada no âmbito dos Serviços que constituem a Rede de Saúde Mental, onde se pode observar uma conversação em que o psicanalista interage com outras disciplinas e discursos sem lhes obturar uma falta epistêmica. 8

Que adolescência?

Pode-se afirmar que a noção de adolescência foi um termo que surgiu, em sua acepção moderna, no final do século XVIII e início do século XIX. Para pensarmos a precariedade desse conceito, podemos recorrer a alguns historiadores que nos demonstram o termo que foi tomado a partir de noções como "idades da vida" ou "idades do homem". Num contexto histórico posterior, a adolescência foi pensada a partir de noções de virilidade, agir e combater como homem, etc. É a partir de meados do século XIX, que os jovens, os adolescentes são abordados a partir de sua inserção nos processos produtivos.9

Muitas foram, também, as tentativas de aproximar os adolescentes das propostas revolucionárias que os idealizavam como baluartes de uma nova ordem social igualitária. 10 É, também notório o uso que se fez da juventude nos regimes totalitários fascistas e nazistas, quando se preconizava um ideal de nação a partir de ideais como o da eterna juventude.11 - 12

Mas a noção de juventude que se tinha desde o início do século XX até meados dos anos 60 desse século, sobretudo na sociedade norte-americana, foi baseada na visão da adolescência como sintoma social. A adolescência foi pensada, então, como desestabilizadora da sociedade. Seu comportamento foi tido como transgressor, e muito se preocupou com a chamada "delinqüência juvenil".13 Esse tema foi tratado pelo cinema norte-americano, sobretudo nos anos 50 e 60, quando se cunhou o termo"rebel whithout a cause". Dessa expressão deriva uma outra que também fez furor há alguns anos atrás. Trata-se da expressão "juventude transviada", termo que se adeqüa a uma certa abordagem que cobre um largo espectro de disciplinas que vai da Psicologia, passando pela Sociologia, Psiquiatria, etc. O que remete a noção de adolescência a conceitos como o de transgressão. Essa maneira de ver a adolescência dá ensejo a que possamos falar dos jovens do final do século com suas apresentações em grupos, bandos, tribos de "rappers", "hip-hop", "grafiteiros", etc. Mas como se verá há uma outra maneira de se pensar essas apresentações contemporâneas da adolescência não se restringindo a conceitos como o de transgressão.

O que diz a psicanálise?

O enfoque privilegiado pela psicanálise de orientação lacaniana na abordagem desse tema é situar a questão da adolescência a partir da noção de puberdade - vista como emergência da genitalidade. O tema do desligamento dos pais e o que é posto para todos os adolescentes - o encontro com o parceiro sexual – o encontro com o real do sexo, constituem-se preocupações da psicanálise ao tratar da adolescência.

A psicanálise de orientação lacaniana tem se pautado em tratar o tema da adolescência, procurando discutir e elucidá-lo relacionando-o a:

Para pensar quais as possíveis respostas da psicanálise aos impasses colocados pela contemporaneidade, seguiremos as pistas sugeridas por Carlo Viganó,14 psicanalista lacaniano que, recentemente trabalhou, em Belo Horizonte o tema da adolescência.

Viganó apresentou o que chamou de uma orientação para a nova clínica psicanalítica. Nova clínica, disse ele, porque novas são as formas do sintoma. O autor situou que o sintoma hoje não é mais aquele sintoma neurótico da época de Freud. Pois o sintoma histérico tinha o valor de uma metáfora, de uma satisfação substitutiva: substituía a impossibilidade sexual. Citando o "O Caso Dora", descrito por Freud, lembra que o sintoma da tosse nervosa, Freud o interpretou a partir das fantasias inconscientes da paciente. Isso quando Dora dizia que a Sra. K. só amava seu pai porque ele era ein vermögender Mann (um homem de posses). Freud apreende o sentido sexual oculto na frase, escutando: "meu pai era ein unvermögender Mann" (um homem sem recursos). Ou seja, que ele era um homem incapaz, impotente, o que sustentava a fantasia de um coito oral que a moça tinha da relação do pai com a Sra. K. A interpretação curou-a de sua tosse histérica. A tosse, portanto, era uma metáfora da relação sexual fantasiada. O que vamos observar é que os sintomas não se apresentam da mesma forma nos dias de hoje.

Ao abordar a questão dos ritos de iniciação, Viganó lembrou-nos de que os jovens adolescentes não podem prescindir deles, mas que os ritos têm, agora, um outro estatuto. São as festas rave, o uso do piercing, da droga, a anorexia, a bulimia, ou seja, são formas de colocar aquela marca de gozo sobre o próprio corpo, independentemente da família, e, às vezes, contra a família. Não são, portanto, metáforas. Não são satisfações sexuais de substituição. É a condição, o meio pelo qual alguns jovens adolescentes tentam chegar até a vida sexual e podem gozar de sua sexualidade.

Mas esses ritos têm, segundo Viganó, uma tendência à falência, justamente porque são objetos de uma autogestão. O rito, para que ele se cumpra e tenha sucesso, deve ser feito apenas uma vez, tendo o Outro como sancionador e reconhecedor dessa passagem. Nos ritos contemporâneos, citados, não há a figura do Outro que reconheça a passagem: o Outro não existe. A droga, quando sofre uma autogestão, leva a alcançar o objetivo de se separar da família, nem que seja porque a família joga para fora o fulano que a utilizou. Mas trata-se, aqui, de uma separação apenas social. É uma separação que deixa o sujeito na dependência. O protótipo disto é a dependência ao tóxico.

Viganó propõe-nos o diagrama seguinte para pensar essa solução sintomática contemporânea:

Tomemos o primeiro círculo como o que constitui o Campo do Sujeito e o segundo círculo como o que o constitui o Campo do Outro – isto é, o campo do laço social, o lugar do Simbólico. No ponto de interseção com o Outro, em vez de se produzir um gozo no próprio corpo - que separa o sujeito do Outro –, usa-se a droga, o piercing, a violência de grupo, ou qualquer outra coisa como um sintoma. O que, está disposto no esquema acima como D. O modo como funciona não é mais para separar um sujeito de um significante: a droga dá um nome ao significante de origem. Portanto, a droga, muito antes de ser um objeto, é um discurso, é um significante holofrástico* que, por si mesmo, diz tudo. Frases como: "eu sou dependente de tóxico", "eu sou anoréxico", "eu sou do grupo tal", são como uma auto-iniciação, e segundo lembra Viganó, trata-se de um nome que não produz uma verdadeira separação, não produz um sujeito que se separou do Outro. Assim, o sujeito se separa do Outro social, mas se mantém dependente do Outro. Este é o paradoxo dos sintomas contemporâneos.

Para Viganó, pode-se pensar que há um prazer no uso da droga ou que exista um prazer especial na anorexia, na bulimia, mas, na realidade, esses sintomas não são sustentados por um gozo efetivo: são simplesmente uma forma de não prestar contas ao gozo, de não entrar nas complicações do gozo sexual.

Qual é a orientação que a psicanálise dá ao problema? Seguindo Viganó, podemos propor que psicanalista é aquele que se relaciona e utiliza apenas como paradigma o exemplo do tóxico dependente. O psicanalista se relaciona com ele porque sabe que a droga não é um sintoma como aquele da tosse de Dora: não se pode interpretá-lo, pois a droga é igual para todos, a droga não é específica para um determinado sujeito. Ao contrário, ela agrupa ou separa, socialmente, as pessoas. No momento em que o dependente de tóxico começa a se fazer perguntas, a droga começa a traí-lo e ele, então, precisa de um lugar para ficar. É quando a droga não cumpre mais a função de lar. Nesse momento, ele pode se aproximar e ser atendido num Centro de Saúde ou em qualquer instituição de tratamento a dependentes de tóxicos.

O psicanalista, então, não o recebe como profissional especialista, mas a partir do discurso da psicanálise, a partir da posição de desejo. Assim, seria melhor falarmos, não do psicanalista, mas do desejo do psicanalista. Trata-se de uma posição subjetiva. Essa posição subjetiva é a posição de alguém que, por outra via, por outro percurso, chegou ao mesmo ponto do tóxico dependente traído pela droga. O psicanalista acede a essa posição a partir de sua análise e do dispositivo do passe. Nessa ocasião, o sujeito poderá se haver com o Outro. É o momento em que se aprende a viver sem o Outro. Quando se aprende, se reconhece que, no fundo, o Outro não existe, que o simbólico é uma verdadeira função, um semblante. O psicanalista é, portanto, alguém que consegue ordenar o gozo no próprio corpo sem o fingimento da garantia de um Outro.

O psicanalista vem a ser o especialista, o perito de uma nova forma de amar: que chegou a se dar conta de um resto, que é sua parceria sintomática: $<> a. Trata-se, propõe Viganó, de um amor que não é repetição da vida infantil, mas que é uma verdadeira invenção. É uma poesia, diz ele, uma poesia escrita com o próprio corpo, com aquelas letras inscritas no próprio corpo - letras de gozo - sublimadas através de uma carta de amor.

Esse é o ponto de encontro possível da experiência do analista com o novo sintoma. É aquela forma de conseguir inventar uma nova forma de amor que utilize o próprio corpo como uma carta de amor. É um caminho que tem que ser encontrado, inventado, por cada um em sua solidão de ser: .

A história de cada corpo é diferente de pessoa para pessoa. Viganó sugere que a poesia é, portanto, o que a transferência pôde construir. É a reconstrução de todos os pontos de gozo pelos quais um sujeito passou. Partindo da primeira vez em que ele utilizou a droga. Muitas vezes há antecedentes da vida infantil, às vezes não há nenhuma lembrança. A psicanálise não é apenas ligar a vida infantil à vida adulta. Existe também a psicanálise da vida adulta: é a psicanálise do gozo. Gozo, que nos diz daquilo que não é possível de ser dito, que não tem um significado, que não nasce de uma metáfora. A direção para esse tratamento não é dar uma metáfora para este gozo, mas tornar esse gozo uma letra, de torná-lo diferente do gozo anterior ou sucessivo. Se o sujeito conseguir perceber escansões diferentes de sua história, consegue sair da monotonia do gozo, ele pode mudar não apenas o tipo de droga, mas pode mudar também o tipo de gozo.

Um fragmento clínico

Depois dessas observações, tomadas de Viganó, passemos ao comentário de fragmentos de um caso clínico. Trata-se de um adolescente de 13 anos, Pedro, que tem a vida marcada por violência, pobreza e discriminação. Foram uma série de ocorrências, atos não simbolizados, que demonstraram os sofrimentos a que ele estava submetido. Atos que demonstram numa repetição metonímica, a monotonia do seu gozo. Brigas constantes, pouco ou nenhum envolvimento com a escola, desavença com os avós e acidentes, como o que lhe decepou um dedo e outros mais, como o assassinato do pai que era um traficante de drogas e o "atropelamento" de um tio, homossexual, também envolvido com drogas. Não obstante tudo isso, Pedro passa a produzir, a partir de determinado momento, grafitos que portam esses traços, mostração, referentes de sua existência. Produção de ordem estética e tentativa desse sujeito localizar o gozo sobre uma determinada superfície. Produção de uma escritura a configurar pontos de gozo, que pudessem demonstrar aquilo que se passou com esse sujeito.

Pedro, que tinha dificuldade de localizar o seu sofrimento através da fala, pôde construir algo que "escrevesse" esse gozo. Essa produção ele a trouxe para o consultório. Mesmo que, de uma forma confusa, ele buscava um lugar para endereçar o que fazia. Constituíram esses grafitos, signos, que reproduziam uma cartografia de amor, aquilo que lhe permitiu, pouco a pouco, um certo apaziguamento. Os grafitos tiveram para Pedro a função de uma localização de seu gozo.

É importante assinalar que o atendimento permitiu a Pedro a possibilidade da existência de um lugar, de um espaço de acolhimento. Espaço não só para que pudesse falar do que lhe afligia, mas, sobretudo, lugar que pudesse usar e deixar o que produzia. Esse tipo de produção, enquanto relacionadas a um gozo, têm a dimensão de um real, objeto a, o que apontamos como o que jamais poderia ser dito.

Esse espaço, que Pedro encontrou, esteve marcado por ser um lugar que se encontrava vazio, pois ali não havia um sujeito postado para oferecer um saber prêt-à-porter, um saber sobre o seu sofrimento (um especialista, então). A posição mantida pela escuta clínica foi de insistir na perspectiva da oferta de um desejo do analista.

Essas são considerações sobre o lugar do analista na clínica que, em nosso entendimento não pode ser o de obturar com um ideal de saber, a falta de um sujeito. Também o analista não está aí como uma pessoa, mas postado enquanto um semblante de objeto, para permitir ao sujeito a possibilidade trabalhar seu sintoma, tratar seu sintoma pelo sintoma. Pedro chegou a admitir, em certo momento do tratamento, que queria melhor desenhar os grafitos para que com eles pudesse vir a ganhar dinheiro. Mesmo que isso não ocorra, não deixa de ser curiosa e mesmo auspiciosa, essa possibilidade aventada por Pedro. Não haveria aí um esboço de algo que possibilitaria a esse sujeito saber o que fazer com seu sintoma?

Notas

1 LACAN, Jacques – O Seminário, livro 7 – A ética da Psicanálise (1959-1960), Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1ª ed., p. 22: 1988.

2 Esse tema foi trabalhado por Eric Laurent, em conferências realizadas recentemente. Pode ser localizado em dois artigos publicados In: CURINGA 14, Belo Horizonte : EBP – MG. : abril, 2000 . Trata-se de:

3 SANTIAGO, Jésus –Objetos virtuais e a erótica cômica dos ideais, Latusa 1 , EBP-RJ , p.74

4 Essa proposição encontra-se formulada por Jacques-Alain Miller no artigo: O sintoma e o Cometa, publicado em OPÇÃO LACANIANA 19, São Paulo : Edições Eólia : 5-13 : agosto, 1997.

5 Idem, ibidem

6 VIGANÓ, Carlo – O despertar difícil, palestra realizada na Associação Médica de Minas Gerais, promovida pela EBP- Seção MG, Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais e Associação Mineira de Psiquiatria, inédito, 1998.

7 FREUD, Sigmund – Análise Terminável e Interminável (1937), Rio de Janeiro, IMAGO, ESB, Vol. XXIII, p. 282 :1969.

8 LAURENT, E. – Psicanálise e Saúde Mental: a prática feita por muitos, CURINGA 14, Belo Horizonte, EBP-MG : 164-175 : abril, : 2000.

9 ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família, Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1978

10 LUZZATTO, S. Jovens rebeldes e revolucionários: 1789-1917: História dos Jovens 2 - A Época Contemporânea - São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

11 MALVANO, L. O mito da juventude transmitido pela imagem: o fascismo italiano : História dos Jovens 2 - A Época Contemporânea - São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

12 MICHAUD, E. Soldados de uma idéia; os jovens sob o Terceiro Reich : História dos Jovens 2 - A Época Contemporânea - São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

13 PASSERINI, L. A juventude, metáfora de mudança social. Dois debates sobre os jovens: a Itália fascista e os Estados Unidos da década de 1950: História dos Jovens 2 - A Época Contemporânea - São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

14 VIGANÓ, C. "O despertar difícil", palestra promovida pelo Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais e Associação Mineira de Psiquiatria , realizada em Belo Horizonte, na Associação Médica de Minas Gerais, 1998, (inédito).

* Lacan designa holófrase o fenômeno de parada significante, solifidificação do par significante: S1 e S2, ou seja, uma "apreensão em bloco da cadeia significante". Trata-se da suspensão da função do significante como tal; a ausência de intervalo e a ausência de mobilidade, que o torna não dialetizável. A holófrase pode ser encontrada na psicose, nos fenômenos psicossomáticos e na debilidade, mas o sujeito é aí encontrado em graus diversos, como diz Lacan: "não ocupa o mesmo lugar". [Conforme elaborações de Anny Cordié, em Os atrasados não existem, Porto Alegre, Artes Médicas, 1996].

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Revista de Psicoanálisis y Cultura
Número 19 - Julio 2004
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